Tomar decisões implica fazer escolhas – favorecer A em favor de B e às vezes também de C, D, E… Implica deixar opções de lado e saber o que se quer. Parece fácil mas não é, de todo. A imensidão de escolhas à nossa disposição, seja no que for, e o medo de não saber se estamos a tomar a opção correta é caminho certo para nos vermos embrulhados numa bela confusão mental que nos tolda o raciocínio e bloqueia os movimentos.
O grande benefício do Coaching e, segundo a minha experiência, é mesmo o de ajudar a tomar decisões. Seja enquanto adolescente que tem que decidir o futuro, jovem adulto que tem que continuar a decidir o futuro e, muitas vezes, a mudar de rumo, ou enquanto adulto de meia-idade que se vê com contínuas escolhas a serem feitas. Tomar decisões é algo que nos acompanha por toda a vida, seja no campo profissional ou pessoal. Que carreira escolho? Vou para o estrangeiro ou fico? Caso ou não caso? Tenho filhos agora ou mais tarde? Compro este casaco ou aquelas botas? Mais ou menos decisivas, as escolhas têm que ser feitas – não escolher é deixar que o façam por nós e, no fundo, adiar a decisão porque não podemos viver a vida inteira pelas opções alheias. Nesta situação, ajuda então, ter alguém que nos ajude a desembrulhar o rolo mental e a ver as opções com mais clareza e assertividade. O processo de coaching permite um maior auto-conhecimento e uma orientação na decisão correta – aquela que sentimos, sem sombra de dúvida, ser a mais acertada.
Assim, para conseguirem tomar decisões como verdadeiras profissionais, de forma menos dolorosa, os 10 seguintes passos são boas dicas a seguir:
- Primeiro que tudo, usem a lógica. Ela pode não vos levar à resposta já, mas ajuda a arrumar a informação para quem é mais desorganizado. Façam listas de opções, de prós e contras de cada uma, comparem-nas e analisem os dados. Especifiquem os objetivos e confiram as consequências de cada escolha. Isto só para arrumar e, muitas vezes, baralhar. 🙂
- Na altura do baralho, peçam opinião a pessoas de fora – desde que não estejam implicadas na tomada de decisão. Muitas vezes, uma visão de fora, isenta e emocionalmente não envolvida, vê a situação de forma mais lúcida. Se forem de faixa etária diferente, melhor ainda, já que pode enriquecer a vossa visão sobre o assunto.
- Encontrem os valores por detrás das várias opções. Confiram aqui como. Perguntem: o que é importante para mim sobre atingir ou fazer isto? O que ganho a fazer isto? Porque é que quero fazer isto? Sabendo os vossos valores fundamentais e o intuito de tomar aquela decisão, conseguem descobrir que opções vão ao encontro do que pretendem e quais não.
- Sigam o instinto. Esta será a melhor forma de tomar uma decisão, já que é, sem dúvida, a mais isenta – aquela que respeita mesmo o que sentimos e queremos de verdade. A razão é uma capacidade fantástica – não deixem de pensar nunca que também queima calorias – mas agir de acordo com palpites ou feelings pode ter melhores resultados. Parecendo que não, com a intuição conseguimos, por vezes, absorver mais informação já que ela não é processada toda da mesma forma. Se não costumam dar-lhe muita atenção, talvez seja altura de dar uma hipótese à intuição – que primeiro palpite é que sempre tiveram sobre uma determinada situação?
- Se estão deprimidas, irritadas ou extasiadas, deixem as decisões para mais tarde. Os estados de humor muito alterados toldam-nos a visão. Se estivermos serenas e calmas, a visão dos factos é mais clara e tomaremos melhores decisões.
- Por outro lado, dar atenção às emoções pode ser útil na tomada de decisão. Aquilo que nos irrita ou nos dá medo pode ser um bom indicador do caminho a escolher. Listem tudo aquilo que vos irrita e perguntem: “O que é que isto me diz sobre o que é importante para mim?” E o mesmo com os vossos medos. Normalmente receamos aquilo que nos empurra da nossa zona de conforto, mas é aí que aprendemos e crescemos. E aquilo que realmente é importante para nós pode ser bastante assustador, não significando, assim, que deva ser uma hipótese posta de parte. Por isso, o que é que os vossos medos dizem sobre o que é importante para vocês?
- Libertem-te do perfeccionismo. As decisões perfeitas não existem e esperar as condições ideais para as tomar ou um sinal divino para avançar só vos irá deixar bloqueadas.
- Experimentem e errem. Por vezes, não temos, simplesmente, a informação necessária para tomar a melhor decisão, a menos que a ganhemos pela experiência. Por isso, escolham e deixem de lado a ideia de fazer a escolha correta. Agora vivam com ela um pouco e vejam o que acontece. Ao experimentar ganhamos informação que nos permite validar a nossa escolha, tomar outra opção ou fazer melhores escolhas no futuro. Desta forma, as decisões deixam de ter tanto peso e são apenas uma série de tentativas e erros.
- Deixem de lado a preocupação. Não precisam de ser perfeitas e muito dificilmente alguma decisão é irrevogável ou sinal do fim do mundo. Claro que podem tomar más decisões, com consequências negativas. Mas aprendem sempre com a experiência. Por isso, não se preocupem – apenas escolham.
- Pratiquem! Ao abandonarem a preocupação e a necessidade de perfeição, ao avaliarem os vossos valores e seguirem a intuição vão ficando melhores e mais rápidas no processo de tomada de decisões. É como conduzir um carro – com o tempo já se torna quase automático! 😉
E por aí, como é a tomada de decisões? Uma dor de cabeça ou são verdadeiras profissionais da escolha? 🙂
Maravilhoso. Adorei toda a informação disponibilizada. Muito útil.
Grande beijo
De nada querida! 😀 Obriga eu! 😉 ***